As cantigas dos camarões dos rios...
Uma parte importante do nosso trabalho foi o estudo das comunidades de macro-invertebrados. Entre muitos outros, apanhámos búzios, ostras, insectos, babancas (bivalve), caranguejos e camarões. Apanhámos muitos camarões e lagostins, de várias formas e tamanhos, incluindo uma espécies gigante, localmente conhecida como lagosta ou lagosta-de-rio (Macrobrachium sp.).
A ecologia destas espécies ainda nos é desconhecida, mas durante a nossa estadia em São Tomé tornou-se óbvio que os santomenses conhecem bem estas espécies. Cada uma tem um nome diferente, e até há uma música que faz uma alegoria com base na ecologia destas espécies.
Segundo a cantiga "Quenguê sá bô, manglolô! " (veja aqui o video), o izê-fundo esconde-se assim que ouve trovejar, o izê-blanku esconde-se nas raízes que entram na água, ao ver isso o manbobô corre atrás, o manplamina fica de coração partido e o manglolô, como tem casca rija, fica a fazer festa na água-mato (cheia).
(Um agradecimento especial ao Eng. Meyer António pela ajuda na tradução)